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Foto do escritorBruno S. Holz

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE BALÃO INTRA-AÓRTICO (BIAo)!!

  • INTRODUÇÃO

  • introduzido há mais de 50 ano, o balão intra-aórtico (BIAo) ainda é o dispositivo de suporte circulatório mais utilizado no mundo para o tratamento do choque cardiogênico.

  • Apesar de não haver na literatura estudos randomizados que demonstrem redução de mortalidade, o BIAo é frequentemente indicado em pacientes com IAM e instabilidade hemodinâmica em que se espera recuperação do miocárdio atordoado.

  • Sua utilização na Insuficiência Cardíaca (IC) avançada é controversa, porém está associada à estabilização clínica e manutenção da perfusão tecidual durante as fases avançadas da doença, podendo ser indicado como ponte para recuperação ou transplante cardíaco.

  • O funcionamento do BIAo é baseado no princípio da contrapulsação, em que o sangue é impulsionado também durante a diástole e o desempenho ventricular esquerdo é facilitado pela deflação do BIAo imediatamente antes da próxima sístole ventricular.

  • MECANISMO DE AÇÃO

  • Insuflação na diástole

  • Aumento da pressão diastólica na raiz da aorta.

  • Aumento da perfusão coronária.

  • Aumento da oferta de O2 ao miocárdio.

  • Desinsuflação na sístole

  • Reduz a pós-carda por efeito de "vácuo".

  • Redução do trabalho cardíaco e do consumo miocárdico de O2.

  • Aumento do débito cardíaco.

  • INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES

Cardiologia, cardiopapper; Capítulo 73; pág. 664

Cardiologia, cardiopapper; Capítulo 73; pág. 664

  • CICLAGEM

  • O sistema precisa de um sinal (trigger) para identificar o início do ciclo cardíaco e coordenar a contrapulsação. Podem ser de dois tipos:

  • Pressão

  • ECG

  • AJUSTES E FUNCIONAMENTO DO BIAo.

  • A insuflação do BIAo. Ocorre no início da diástole (nó dicrótico da curva de pressão arterial). Um "V”profundo deve ser observado no nó dicrótico da curva de pressão arterial quando o balão infla.

  • Com a insuflação do balão, a pressão diastólica aórtica aumenta e um segundo pico de pressão é observado ( chamado de aumento diastólico, que é idealmente maior do que a pressão sistólica ).

  • O BIAo. Normofuncionante resultará:

  • Redução da pressão sistólica assistida.

  • Redução da pressão diastólica final assistida.

  • Pico do aumento diastólico será maior que a pressão sistólica não assistida.

Cardiologia, cardiopapper; Capítulo 73; pág. 666

  • EFEITOS INDESEJÁVEIS DO BIAo.

Cardiologia, cardiopapper; Capítulo 73; pág. 666

  • TÉCNICA DE INSERÇÃO

  • Anestesia local.

  • Puncionar com uma agulha 18gauge, em ângulo de 45 graus, a artéria femoral comum, cerca de 2cm abaixo do ligamento inguinal.

  • Obs:. A punção alta pode ocasionar hematoma retroperitoneal ao passo que a punção baixa pode ocasionar pseudoaneurisma.

  • Após a punção, passasse o fio guia, retira-se a agulha. Faz-se uma pequena incisão na pele para facilitar a passagem do dilatador. Após a passagem do dilatador, inseri-se o introdutor e passass-e o BIAo pelo fio guia, até a altura do ângulo de louis. (2cm distalmente a artéria subclávia esquerda).

  • Após a passagem do BIAo., fixa-se o mesmo e solicitasse um raio-x para certificar-se que está adequadamente posicionado.

  • FATORES QUE INTERFEREM NO AUMENTO DIASTÓLICO

  • Relacionado a ciclagem.

  • Diminuição do volume sistólico (taquicardia ou baixa fração de ejeção).

  • Aumento da resistência vascular periférica.

  • Drogas vasoativas.

  • Baixa temperatura corporal.

  • BIAo. Dentro do introdutor.

  • Posição inadequada.

  • Dobra no cateter.

  • Vazamento de gás na membrana do BIAo.

  • Baixo suprimento de hélio.

  • COMPLICAÇÕES

  • Sangramento local.

  • Hematoma de retroperitônio.

  • Dissecção ou ruptura da aorta.

  • Infecção.

  • Trompocitopenia.

  • Ruptura do balão.

  • Isquemia de membro inferior após BIAo. São:

  • Idade >75 anos.

  • Doença vascular periférica.

  • DM.

  • Sexo feminino.

  • Superfície corporal diminuída (<1,65m2).

  • QUAIS CUIDADOS TENHO QUE TOMAR COM O MEU PACIENTE COM BIAo.?

  • O paciente deve ficar em decúbito dorsal com o membro inferior restrito.

  • Ao trocar o curativo do sítio de inserção, ficar atento para sangramentos.

  • Avaliar sinais de insquemia a cada 6h. (mudança de cor, temperatura e checar pulso).

  • Verificar hemograma e plaquetas, coagulograma (avaliar hemólise, plaquetopenia, ação antiacoagulante).

  • Checar sinal do ECG e a atuação do BIAo nas curvas de pressão para avaliar efeito hemodinâmico do BIAo.

  • Checar a quantidade de gás hélio no monitor.

  • Avaliar a posição da ponta radiopaca do cateter de BIAo. A cada 12-24h no raio-x tórax.

  • RETIRADA E DESMAME

  • Após melhora dos parâmetros macro-hemodinâmicos e micro-hemodinâmicos

  • Diurese.

  • PA.

  • FC.

  • Perfusão tecidual.

  • Saturação venosa de O2.

  • Lactato.

  • BE.

  • CO2 gap.

  • Bicarbonato.

  • Inicialmente e recomendado diminuir a dose de ionotrópico pela metade para possível backup após desligado o suporte circulatório mecânico.

  • O suporte circulatório pode ser diminuído de duas formas, sendo essa diminuição feita de 3/3 ou 6/6h, sendo realizado avaliação dos parâmetros macro/micro-hemodinâmicos:

  • Diminuir a frequência de assistência (1:1 / 1:2 / 1:3).

  • Intensidade da assistência (grau de insuflação do BIAo).

  • Nunca se deve retirar o BIAo. Através do introdutor, uma vez que ele entra pelo introdutor, porém não consegue sair através dele.

  • O paciente deve ficar em repouso por 6h após a retirada.

  • TAMANHO DO BIAo.

  • Referência Bibliográfica

  • Cardiologia, Cardiopapper; capítulo 73; pág. 664-669.

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