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Foto do escritorBruno S. Holz

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE DISSECÇÃO DE AORTA!!


DISSECÇÃO DE AORTA

  • INTRODUÇÃO

  • Dissecção de aorta é definida como uma rotura na íntima que expõe uma ca- mada média doente à pressão de pulso na aorta, proporcionando separação de suas camadas, expansão longitudinal e formação de um falso lúmen repleto de sangue.

  • Sem tratamento, a mortalidade é elevada: 25% em 24 horas, 50% em uma semana e 75% em 30 dias. Após um ano, 90% dos pacientes vão a óbito caso não sejam tratados.

  • Dividimos a dissecção por regiões.

  • 65% ocorre, inicia, na aorta ascendente.

  • 20% na descendente;

  • 10% arco;

  • 5% aorta abdominal.

  • CLASSIFICAÇÃO

  • DeBakey

  • TIPO I: Origem na aorta ascendente, estendendo-se até, no mínimo, ao arco aórtico. Geralmente envolve também a aorta descendente (tratamento cirúrgico geralmente é recomendado).

  • TIPI II: Confinado a aorta ascendente.

  • TIPO III: Origem na aorta descendente com extensão distal e , raramente, retrográda, podendo atingir a ascendente.

  • TIPO IIIa: Limitado a aorta torácica.

  • TIPO IIIb: Extensão abaixo do diafragma.

  • Stanford

  • TIPO A: Dissecções que envolvem a aorta ascendente.

  • TIPO B: Disseccões que não envolvem a aorta ascendente.

  • Descritiba

  • Proximal: Inclui DeBakey I e II e Stanford A.

  • Distal: Inlcui DeBakey III e Stanford B.

  • Temporal

  • Aguda <2 semanas.

  • Crônica >2 semanas.

https://www.google.com/search?q=raio+x+torax+dissec%C3%A7%C3%A3o+aorta&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiA17mSqPrgAhUPGbkGHd1mBhwQ_AUIDigB&biw=1440&bih=684#imgdii=8dU9o9m_TrNaeM:&imgrc=2DhfZiSuB_2lDM:

  • FATORES DE RISCO

  • HAS (presente em ¾ dos pacientes).

  • Coarctação Aorta.

  • Uso de cocaína e estimulantes.

  • Trauma com aceleração e desacerelação.

  • Feocromocitoma.

  • Causas genéticas

  • Marfan.

  • Ehlers-Danlos.

  • Turner.

  • Loeys-Dietz.

  • Valva aórtica bicúspide.

  • Síndromes familiares ligados a dissecção e aneurisma de aorta.

  • Arterites

  • Takayassu.

  • Tempora.

  • Behçet.

  • Outras

  • Doença renal policística; gestação; ceteterização arterial; passagem de balão intra-aortico; após cirurgia cardíaca e troca valvar.

  • QUADRO CLÍNICO

  • Dor aguda e intensa (80-90% dos casos).

  • Síncope.

  • Manifestações de isquemia (coronariana; cerebrovasculares; membros inferiores; mesentérica).

  • Sinais de Insuficiência cardíaca.

  • Morte súbita.

  • HAS na apresentação.

  • Sopro de regurgitação aórtica.

  • Redução de pulsos periféricos.

  • DIAGNÓSTICO

  • Raio-x tórax

  • Alargamento mediastino ou área aórtica entre 90-90% dos casos.

  • Derrame pleural a esquerda é comum.

  • Sinal do cálcio: calcificação do botão aórtico com >1cm de distancia entre intima e demais tecidos aórticos. Sugestivo de dissecção, mas não específico.

  • Exame normal não exclui.

  • ECG

  • Sinais de hipertrofia ventricular esquerda (1/3 dos casos).

  • Infarto com supra de parede inferior.

Nelson Samesina, Celso Amodeo; Hipertrofia ventricular esquerda; Rev Bras Hipertens 8: 316-20, 2001.

  • Ecocardiograma

  • Baixo custo, podendo ser realizado à beira do leito.

  • Transtorácico tem sensibilidade de 80% e especificidade de 96% para detecção de dissecções proximais.

  • Transesofágico tem sensibilidade de 90% e especificidade de 95% para dissecções proximais, sendo melhor também na avaliação da aorta torácica.

  • Angiotomografia de Aorta; Angioressonância; Angiografia.

  • TRATAMENTO

  • De maneira geral:

  • Ascendente è Cirúrgico.

  • Descendente è Cirúrgico ou clínico.

  • Clínico se:

  • Disseção distais não complicada.

  • Dissecção isolada de arco aórtico em paciente estável.

  • Dissecção crônicas estáveis (>2semanas do início do quadro).

  • Tratamemto Clínico

  • Medidas gerais: monitorização.

  • Analgesia (morfina).

  • Beta-bloqueadores: Iniciar beta antes de vasodilatar, para evitar taquicardia reflexa, oque pode aumentar a dissecção.

  • Utilizar com cautela em pacientes com insuficiência aórtica aguda, pois podem bloquear a taquicardia compensatória.

  • Alvo FC 60bpm.

  • Dose: Metoprolol 5mg EV a cada 5min; Propranolol 1mg EV a cada 3-5min.

  • Anti-hipertensivos

  • Alvo PAS deve ficar 110 e 120mmHg e a pressão arterial média PAM entre 60-75.

  • Dose: Nitroprussiato 50mg/2ml diluído em 248ml de SG 5% - iniciar 0,5-1mcg/mg/min e ajustar para PA alvo.

  • Tratamento Cirúrgico

  • Dissecções agudas com envolvimento da aorta proximal.

  • Dissecções agudas distais complicadas:

  • Progressão da dissecção com comprometimento de órgãos vitais.

  • Rotura da aorta.

  • Extensão retrógrada envolvendo a aorta ascendente.

  • Dissecção em pacientes com síndrome de Marfan.

  • REFERÊNCIAS

  • Nelson Samesina, Celso Amodeo; Hipertrofia ventricular esquerda; Rev Bras Hipertens 8: 316-20, 2001.

  • Sílvia Ost; Dissecção Aorta; Maniual de Cardiologia Cardiopappers 2 edição; pág 91-96.

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