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Foto do escritorLaio Wanderley

Qual a marca anatômica que define a tetralogia de Fallot?

Atualizado: 15 de mar. de 2021


A tetralogia de Fallot (TF) é caracterizada por:

  • Presença de uma comunicação interventricular (CIV) ampla.

Podemos observar na imagem o ventrículo direito aberto na sua porção anterior. O asterisco representa a CIV. Observem a íntima relação com valva aórtica.

  • Obstrução muscular na via de saída do ventrículo direito.

Essa imagem foi um caso de tetralogia de Fallot operado pelo Professor José Wanderley, de Alagoas . Observem a bandas ou trabéculas hipertrofiadas (anômalas) que em somatório ao desvio anterior do septo infundibular, provocam obstrução na via de saída do ventrículo direito

  • Dextroposição da aorta.

Essa figura demonstra bem como a dextroposição da aorta pode piorar ainda mais a obstrução na via de saída do ventrículo direito (última representação da imagem acima).

  • Hipertrofia do ventrículo direito

Mas enfim, qual seria o principal marca anatômica que define a Tetralogia de Fallot ?


A marca anatômica que define o defeito é o desvio anterior do septo infundibular em relação ao resto do septo interventricular, associado à hipertrofia das trabeculações septoparietais no infundíbulo subpulmonar.


O septo infundibular também é chamado de septo conal derivado da nomeclatura que denomina a região do infundibulo - ou via de saída do ventrículo direito - como cone devido ao seu formato.

O número 5 representa a região do septo conal ou infundibular, estrutura que encontra-se deslocada anteriormente na tetralogia de Fallot.

O desvio do septo infundibular resulta em estreitamento da via de saída do ventrículo direito na CIV por mau alinhamento e na dextroposição da aorta.

Referência:

1. Furlanetto G, Binotto MA. Tetralogia de Fallot. ln: Croti UA, Mattos SS, Pinto Jr. VC,Aiello VD, Moreira VM. Cardiologia e cirurgia cardiovascular pediátrica. 2a ed. São Paulo:Roca;2012. p. 453-78.

2. Operative Techniques in Thoracic and Cardiovascular Surgery, Vol 7, No 1 (February), 2002: pp 22-28

3. doi.org/10.1016/S0735-1097(97)00456-7

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