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Foto do escritorLaio Wanderley

ENTENDA O QUE É ATEROSCLEROSE E A ENDARTERECTOMIA CORONARIANA

A placa ateroma é uma formação anormal na camada interna das artérias coronárias, que são as principais artérias que fornecem sangue e oxigênio ao músculo cardíaco. Essas placas consistem em uma mistura de colesterol, células inflamatórias, células musculares lisas e outros componentes, como cálcio.


O processo de formação da placa de ateroma começa com a lesão da camada interna das artérias coronárias, causada por fatores como hipertensão arterial, tabagismo, diabetes, obesidade, sedentarismo e estresse oxidativo. Essa lesão provoca uma resposta inflamatória do sistema imunológico, que atrai células inflamatórias para o local da lesão.



As células inflamatórias, principalmente os macrófagos, começam a absorver o colesterol presente no sangue e transformá-lo em uma substância gordurosa chamada de espuma lipídica. Essas células morrem e liberam seu conteúdo na camada interna da artéria, formando uma lesão gordurosa conhecida como placa de ateroma.


Com o tempo, a placa ateroma pode crescer e endurecer, formando uma placa calcificada. Isso pode levar a um estreitamento das artérias coronárias, o que pode reduzir o fluxo sanguíneo para o coração.



Enorme placa de ateroma, calcificada, sendo removida cirurgicamente (endarterectomia coronariana).


Em alguns casos, uma placa de ateroma pode romper, causando uma reação inflamatória aguda e a formação de um coágulo sanguíneo, que pode obstruir completamente a artéria e levar a um infarto agudo do miocárdio, também conhecido como ataque cardíaco.


Com relação a endarterectomia coronariana, essa técnica cirúrgica envolve a remoção do acúmulo de placas na camada interna das artérias do coração durante a cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM), a famosa ponte de safena, especialmente quando há uma calcificação intensa e extensa da coronária, impedindo o processo de sutura vascular. Embora nem todos os pacientes com doença arterial coronariana submetidos à CRM sejam candidatos à endarterectomia, e possuam divergência na literatura quanto ao seu real benefícil, em casos selecionados pode haver benefício desta técnica especializada.


O cirurgião Cardiovascular, Renato Max, realizando a endarterectomia coronariana na artéria descendente anterior.

Observem que a enorme placa de ateroma calcificada sendo removida do leito coronariano.


Em resumo, a formação da placa de ateroma nas artérias coronárias é um processo complexo e multifatorial, que envolve lesão, inflamação, absorção de colesterol e calcificação. A prevenção e o tratamento da doença arterial coronariana, que é causada pela formação de placas de ateroma, motiva uma abordagem multidisciplinar que inclui mudanças no estilo de vida, controle de fatores de risco, uso de medicamentos e, em alguns casos, procedimentos invasivos, como a CRM (associada ou não à endarterectomia) ou a angioplastia coronariana.


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